domingo, 27 de fevereiro de 2011

Lençol Sujo

Um casal, recém casados, mudou-se para um bairro muito tranqüilo.

Na primeira manhã que passavam na casa, enquanto tomava café, a mulher reparou através da janela em uma vizinha que pendurava lençóis no varal e comentou com o marido:

- Que lençóis sujos ela está pendurando no varal!

Provavelmente está precisando de um sabão novo. Se eu tivesse intimidade perguntaria se ela quer que eu a ensine a lavar as roupas!

O marido observou calado.

Alguns dias depois, novamente, durante o café da manhã, a vizinha pendurava lençóis no varal e a mulher comentou com o marido:

- Nossa vizinha continua pendurando os lençóis sujos! Se eu tivesse intimidade perguntaria se ela quer que eu a ensine a lavar as roupas!

E assim, a cada dois ou três dias, a mulher repetia seu discurso, enquanto a vizinha pendurava suas roupas no varal.

Passado um mês a mulher se surpreendeu ao ver os lençóis brancos, alvissimamente brancos, sendo estendidos, e empolgada foi dizer ao marido:

- Veja! Ela aprendeu a lavar as roupas, será que a outra vizinha ensinou!? Porque, não fui eu que a ensinei.

O marido calmamente respondeu:

- Não, é que hoje eu levantei mais cedo e lavei os vidros da nossa janela!

“Não julgueis, para que não sejais julgados, porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido e por que reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão e não vês a trave que está no teu olho? Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, estando uma trave no teu? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho e, então, cuidarás em tirar o argueiro do olho do teu irmão. vos hão de medir a vós.” Mt 7:1-5

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Carta ao Apóstolo Paulo

Conta-se que o Apóstolo Paulo enviou seu currículo para a Junta de Missões Mundiais de uma certa denominação, oferecendo-se para trabalhar como missionário. Após algumas semanas, o Secretário da Junta escreveu-lhe esta carta, justificando por que não poderia aceitá-lo.

Ao Reverendo Saulo Paulo
Missionário Independente
Roma, Itália

Caro Sr. Paulo:

Recebemos recentemente seu currículo, exemplares de seus livros e o pedido para ser sustentado pela nossa Junta como missionário na Espanha.

Adotamos a política da franqueza com todos os candidatos. Fizemos uma pesquisa exaustiva no seu caso. Para ser bem claro, estamos surpresos que o senhor tenha conseguido até aqui "passar" como missionário independente.

Soubemos que sofre de uma deficiência visual que, algumas vezes, o incapacita até para escrever. Essa certamente é uma deficiência grande para qualquer pessoa. Nossa Junta requer que o candidato tenha boa visão, ou que possa usar lentes corretoras.

Em Antioquia, o senhor provocou um entrevero com Simão Pedro, um pastor muito estimado na cidade, chegando a repreendê-lo em público. O senhor provocou tantos problemas que foi necessário convocar uma reunião especial da Junta de Apóstolos e Presbíteros em Jerusalém. Não podemos apoiar esse tipo de atitude.

Acha que é adequado para um missionário trabalhar meio-período em uma atividade secular? Soubemos que fabrica tendas para complementar seu sustento. Em sua carta à igreja de Filipos, o senhor admite que aquela é a única igreja que lhe dá algum suporte financeiro. Não entendemos o porquê, já que serviu a tantas igrejas.

É verdade que já esteve preso diversas vezes? Alguns irmãos nos disseram que passou dois anos na cadeia em Cesaréia e que também esteve preso em Roma, e em outros lugares. Não achamos adequado que um missionário da nossa Junta tenha folha corrida na polícia.

O senhor causou tantos problemas para os artesãos em Éfeso que eles o chamavam de "o homem que virou o mundo de cabeça para baixo". Sensacionalismo é totalmente desnecessário em Missões. Deploramos, também, o vergonhoso episódio de fugir de Damasco escondido em um grande cesto.

Estamos admirados em ver sua falta de atitude conciliatória. Os homens elegantes e que sabem contemporizar não são apedrejados ou arrastados para fora dos portões da cidade, tampouco são atacados por multidões enfurecidas. Alguma vez parou para pensar que palavras mais amenas poderiam ganhar mais ouvintes? Remeto-lhe um exemplar do excelente livro "Como Ganhar os Judeus e Influenciar os Gentios", de Dálio Carnego.

Em uma de suas cartas, o senhor referencia a si mesmo como "Paulo, o velho". As normas de nossa Missão não permitem a contratação de missionários além de uma certa idade.

Percebemos que é dado a fantasias e visões. Em Trôade, viu "um homem da Macedônia" e em outra ocasião diz que "foi levado até o Terceiro Céu e que ouviu palavras inefáveis". Afirma ainda que viu o Senhor e que ele o confortou. Achamos que a obra de evangelização mundial requer pessoas mais realistas e de mente mais prática.

Em toda a parte por onde andou, o senhor provocou muitos problemas. Em Jerusalém, entrou em conflito com os líderes do seu próprio povo. Se alguém não consegue se relacionar bem com seu próprio povo, como pode querer servir no exterior? Dizem que tem o poder de manipular serpentes. Na ilha de Malta, ao apanhar lenha, uma víbora se enroscou no seu braço, picou-o, mas nada lhe ocorreu. Isso soa muito estranho para nós.

O senhor admite que enquanto esteve preso em Roma, "todos o esqueceram". Os homens bons nunca são esquecidos pelos seus amigos. Três excelentes irmãos, Diótrefes, Demas e Alexandre, o latoeiro, disseram-nos que acharam impossível trabalhar com o senhor e com seus planos mirabolantes.

Soubemos que teve uma discussão amarga com um colega missionário chamado Barnabé e que acabaram encerrando uma longa parceria. Palavras duras não ajudam em nada a expansão da obra de Deus.

O senhor escreveu muitas cartas às igrejas onde trabalhou como pastor. Em uma delas, acusou um dos membros de viver com a mulher de seu falecido pai, o que fez a igreja ficar muito constrangida e excluir o pobre rapaz.

O senhor perde muito tempo falando sobre a segunda vinda de Cristo. Suas duas cartas à igreja de Tessalônica são quase totalmente devotadas a esse tema. Em nossas igrejas, raramente falamos sobre esse assunto, que consideramos de menor importância.

Analisando friamente seu ministério, vemos que é errático e de pouca duração em cada lugar. Primeiro, a Síria, depois, Chipre, vastas regiões da Turquia, Macedônia, Grécia, Itália, e agora o senhor fala em ir à Espanha. Achamos que a concentração é mais importante do que a dissipação dos esforços. Não se pode querer abraçar o mundo inteiro sozinho.

Em um sermão recente, o senhor disse "Longe de mim gloriar-me, a não ser na cruz de Cristo". Achamos justo que possamos nos gloriar na história da nossa denominação, no nosso orçamento unificado, no nosso Plano Cooperativo e nos esforços para criarmos a Federação Mundial das Igrejas.

Seus sermões são muito longos. Em certa ocasião, um rapaz que estava sentado em um lugar alto, adormeceu após ouvi-lo por várias horas, caiu e quase quebrou o pescoço. Já está provado que as pessoas perdem a capacidade de concentração após trinta ou quarenta minutos, no máximo. Nossa recomendação aos nossos missionários é: Levante-se, fale por trinta minutos, e feche a boca em seguida.

O Dr. Lucas nos informou que o senhor é um homem de estatura baixa, calvo, de aparência desprezível, de saúde frágil e que está sempre agitado, preocupado com as igrejas e que nem consegue dormir direito à noite. Ele nos disse que o senhor costuma levantar durante a madrugada para orar. Achamos que o ideal para um missionário é ter uma mente saudável em um corpo robusto. Uma boa noite de sono também é indispensável para garantir a disposição no trabalho no dia seguinte.

A Junta prefere enviar somente homens casados aos campos missionários. Não compreendemos nem aceitamos sua decisão de ser um celibatário permanente. Soubemos que Elimas, o Mágico, abriu uma agência matrimonial para pessoas cristãs aí em Roma e que tem nomes de excelentes mulheres solteiras e viúvas no cadastro. Talvez o senhor devesse procurá-lo.

Recentemente, o senhor escreveu a Timóteo dizendo que "lutou o bom combate". Dificilmente pode-se dizer que a luta seja algo recomendável a um missionário. Nenhuma luta é boa. Jesus veio, não para trazer a espada, mas a paz. O senhor diz "lutei contra as bestas feras em Éfeso". Que raios quer dizer com essa expressão?

Pesa-me muito dizer isto, irmão Paulo, mas em meus vinte e cinco anos de experiência, nunca encontrei um homem tão oposto às qualificações desejadas pela nossa Junta de Missões Mundiais. Se o aceitássemos, estaríamos quebrando todas as regras da prática missionária moderna.

Sinceramente,

A. Q. Cabeçadura
Secretário da Junta de Missões Mundiais

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Lição 8 - EBD - Quando a Igreja de Cristo é perseguida - Esboço da Aula

Atos 8 é um marco na historia da Igreja primitiva, por se tratar de um momento de transição. Até o momento o foco era a liderança e atos de Pedro, agora quem vai protagonizar um papel de destaque é Paulo. Até agora, alem de Pedro, Estevão está em evidencia, a partir de agora, Filipe surge como uma mola propulsora da obra missionária da igreja. Até Atos 7 a Igreja está centralizada em Jerusalem, cumprindo a ordenança de Cristo, mas, agora eles espalharão atingindo a Judéia, a Samaria e os confins da Terra.

Momentos de transição são importantíssimos, pois, são nesses momentos que vemos a mão soberana, guiadora e protetora de Deus. Deus permite a morte de Estevão para realizar, com maior eficácia a expansão de Seu Reino através do evangelho.

Parece loucura dizer tal verdade, porem é fato real quando analisamos as conseqüências do martírio de Estevão, vejamos:

· Jornada Evangelística de Filipe – At 8

Filipe, impulsionado pelo poder de Deus através do testemunho da morte de Estevão, viaja para Samaria e ali prega a Palavra aos Samaritanos. Logo após, o mesmo Filipe prega ao Eunuco de Candace, rainha dos Etíopes.

Das cidades que a Bíblia mostra que Filipe passou computasse 330 km percorridos. Porem, a expansão alcançou uma distancia de 4.000 km, até os Etíopes.

· A conversão de Saulo – At 9: 1-30

A morte de Estevão semeou no coração de Paulo a semente do evangelho. A princípio teve resistência, o que é natural aos religiosos. Porem vê-se Paulo pegar a estrada para Damasco e lá, a pequena semente germinou, mais adiante criou raízes e deu bons frutos.

· A viagem missionária de Pedro – Atos 9:32 - 10:48

Ainda que no inicio afirmo que é um momento de transição da liderança de Pedro para o chamado de Paulo, houve um momento especial, após a morte de Estevão, que levou Pedro a empreender uma viagem missionária.

Primeiro foi à Samaria acompanhar a obra feita por Deus através de Filipe (At 8:14). Depois foi à Lida onde curou Enéias (At 9:32), Sarona houve conversões (At 9:35) e Jope onde ressuscitou Dorcas (At 9:38-43). Pedro saiu dos termos de Jerusalem. E isso, com certeza, impulsionou ainda mais a dispersão dos discípulos, tendo em vista a liderança que Pedro exercia.

Estando ainda em Jope, foi levado pela direção do Espirito a Cesaréia, à casa do centurião Cornélio (At 10), homem piedoso e temente a Deus que recebera o batismo no Espirito Santo pela pregação de Pedro (At 10:2).

A morte de Estevão promoveu o cumprimento da palavra feita por Cristo a Pedro: “Apascenta minhas ovelhas” (Jo 21:17)

· A fundação da Igreja em Antioquia da Síria – Atos 11:19

A Igreja em Antioquia foi fundada por crente que se espalharam logo após a perseguição sofrida em Jerusalem. Foi uma das primeiras vezes que foi pregado a palavra aos gentios (At 11:20). O Senhor aprovou esse trabalho estendendo a Sua mão e estando com os pregadores de Chipre e de Cirene (At 11:21).

Esta Igreja é importante, pois mostra alguns personagens que são de grande necessidade nas Igrejas de hoje:

1. Os Pregadores de Chipre e Cirene: são os fundadores, os que semearam a palavra aos gentios. Um é o que planta e outro o que rega, mas Deus é quem dá o crescimento (1Co 3:6)

2. Barnabé: homem que soma no trabalho do Senhor. Não trabalhar para dividir ou subtrair, trabalha para multiplicar e acrescentar ainda mais à obra do Senhor.

3. Ágabo: Profeta de Deus. Que fala conforme o querer do Senhor. Que mostra a realidade de Deus sem ser tendencioso.

4. Saulo: o grande missionário. Saulo é contado com um dos doutores e profetas, porem Deus o aparta junto com Barnabé para iniciarem a primeira viagem missionária.

5. Discípulos ativos: os discípulos eram ativos às necessidades dos irmãos.

Foi nessa igreja que os discípulos foram, pela primeira vez, chamados de cristãos. Alguns afirmam que esta palavra tinha sentido pejorativo na época. Antioquia se tornou o centro Cristão Missionário da época. De lá o Espirito enviou Saulo e Barnabé para primeira viagem missionária.

Como podemos depreender, a morte de Estevão foi um marco na historia da igreja de Jesus. Somente a eternidade poderá explicar a intensidade desta verdade.

"Algumas vezes Deus levanta muitos ministros fiéis sobre as cinzas de um deles."Mathew Henry (1662-1714)

Quanto Vale a sua Alma?

O leilão da alma. Três são apresentados como potenciais interessados: o mundo, satanás e Jesus. Quem pôde pagar melhor por sua alma? Assista e verá o que Cristo fez em favor da sua alma...

"Pois que aproveitaria ao homem ganhar todo o mundo e perder a sua alma? Ou que daria o homem pelo resgate da sua alma? Mc 8:36-37

"Porque dele, e por ele, e para ele são todas as coisas [em especial as almas]; gloria, pois, a ele eternamente. Amém!" Rm 11:36

Lição 7 EBD - Assistencia Social um importante negocio - Esboço da aula.

Religião, mais do que a crença na existência de uma força ou forças sobrenaturais, significa “religação”. Em síntese a religião objetiva ligar, ou tornar ligar, o homem a Deus. A religião é importante sendo vivida e temperada com amor. Religião sem amor é impulsionada por radicalismos, legalismos e preconceitos.

Os religiosos da época de Jesus eram ótimos estudiosos da Lei, porém poucos eram executores da mesma. Uma parábola ilustra muito bem a situação dos religiosos daquela época: a parábola do Bom Samaritano (Lc 10.30-35).

Nessa parábola, Jesus conta de um homem necessitado, que visivelmente precisa de ajuda e, os dois que eram teoricamente estruturados na religião, passam de largo. Os que sabiam e reconheciam que o amor tinha de ser vertical – para com Deus - e também na horizontal – para com os homens.

Jesus evidencia nessa parábola, que o amor é um ato, a ação, o desejo de fazer o bem para outrem. E não simplesmente falar, pregar, cantar, escrever ou ensinar. Não é algo estático e sem vida, é algo que motiva em realizar diferença em situações chaves. Onde o ser humano é vitimado.

A religião que a Bíblia mostra é a seguinte: “Se alguém entre vós cuida ser religioso e não refreia a sua língua, antes, engana o coração, a religião desses é vã. A religião pura e imaculada para com Deus, o Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e guardar-se da corrupção do mundo. Tg 1:25-26”

Três são as características segundo a Bíblia Sagrada:

1. Refrear a Língua

A língua, em Tiago três, é chamada de fogo que incendeia bosques e é inflamada pelo inferno; é chamada de leme, que manipula uma grande embarcação; é chamada de venenosa; e com ela se adora a Deus e amaldiçoa o irmão, dizendo que da língua procede a coisas boas e edificantes e também coisas más, que Deus não se agrada.

A língua bloqueou uma quantidade imensa de homens e mulheres no deserto quando entraram para espiar a terra (Nm 13). Colocaram fogo ao iniciarem a difamação da terra (v32); manipularam como um leme uma grande parcela do povo de Deus (Nm 14:1); envenenou com o veneno da murmuração e da rebelião (Nm 14:1-3); e por fim, ultrajaram a promessa, o líder, os planos e o poder de Deus.

Refrear a língua é o básico exigido pela Bíblia para validar que possuímos fé ou religião. Quando nos distanciamos desta verdade, a nossa religião se torna vã.

2. Visitar os órfãos e as Viúvas

Os órfãos dependem de cuidados especiais no âmbito fisiológico (necessidades para a vida: comer, beber, vestir, dormir), emocional (consolo familiar e amigos) e espiritual (intercessão e palavra de conforto). Os órfãos representam as necessidades que acompanha uma estrutura paralela para enfrentar a vida e observar o futuro.

As viúvas da época dos apóstolos eram devidamente cadastradas (1Tm 5) para participarem da partilha do alimento. Em um dado momento na Igreja Primitiva, houve uma murmuração dos de fala grega contra os hebreus dizendo que estava existindo entre eles a acepção das viúvas gregas (At 6). A Igreja se mobiliza para alinhar este principio de murmuração, afim de que não crescesse ainda mais e prejudicasse a obra.

As viúvas precisam de uma ajuda mais à pronta entrega. As necessidades são para agora. Elas não conseguiam sair para trabalhar como é nos dias de hoje. O marido era o provedor por excelência. Sendo agora viúvas, os filhos ou os netos tinham que cuidar delas (1Tm 5:4). A Igreja também ajudava àquela que não precisavam.

Ajudar o necessitado está diretamente relacionado à expressão da religião. Em outro momento Tiago disse: “Meus irmãos, que aproveita se alguém disser que tem fé e não tiver as obras? Porventura, a fé pode salvá-lo? E, se o irmão ou a irmã estiverem nus e tiverem falta de mantimento cotidiano, e algum de vós lhes disser: Ide em paz, aquentai-vos e fartai-vos; e lhes não derdes as coisas necessárias para o corpo, que proveito virá daí? Assim também a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma.” Tg 2:14-17

Ajudar o necessitado é a base da nossa religião. E do versículo áureo da Bíblia: “Amarás ao Senhor, teu Deus, de todo o teu coração e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o entendimento e ao teu empréstimo a ao teu próximo como a ti mesmo.”(Lc 10:27)

3. Guardar-se da corrupção

A terceira característica da religião cristã está no fato do religioso guardar-se da corrupção do mundo. Afastar-se da aparência do mal (1 Ts 5:22) e chegar-se a Deus (Tg 4:8). Resistir ao diabo (Tg 4:7) e fugir da prostituição (1Co 6:18). Jose, para validar a sua fé, fugiu da presença da mulher de Portifar e não pecar contra Deus (Gn 39:8-16).

Hoje, quando se fala de religiosos, logo, ligamos a pessoas hipócritas e que vivem de aparência. Porem, no sentido bom da palavra ser religioso é ser seguidor de uma doutrina ou religião.

Desta forma seguimos a Cristo e Sua doce Palavra. Que possamos, no momento em que formos chamados para dar razão da nossa fé (1Pe 3:15), nossas palavras sejam acompanhadas de excelentes obras. Pois a Bíblia mostra que a religião pura e imaculada para com Deus é refrear a língua, ajudar os necessitados e guardar-se da corrupção.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Destino da alma e do espirito ao morrer

Pergunta: Quando a pessoa morre o seu espírito e sua alma vai ou para o céu ou inferno, ou o espírito vai para Deus e sua alma vai para o inferno?
Para responder tal pergunta vamos entender o que a Bíblia diz sobre alma e espírito.
Os escritores do A.T não se preocupam em diferenciar alma de espírito:
“E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra e soprou em seus narizes o fôlego da vida. E o homem foi feito ALMA VIVENTE” (Gn 2.7).
No versículo em questão Deus tomou algo material (pó da terra) com algo imaterial (fôlego de vida – seu sopro) para torná-lo alma vivente.
O espírito do homem susterá a sua enfermidade, mas ao espírito abatido, quem o suportará?” Pv 18,14.
Nesse Proverbio o espirito sustem na enfermidade porem se estiver abatido não suportará a enfermidade. Dizendo que o espirito nesse contexto tem função que damos para alma hoje em dia, como centro das emoções.
“Sai-lhe o espírito, volta para a terra; naquele mesmo dia perecem os seus pensamentos.” Sl 146,4
Nesse Salmo o espirito é a vida do Ser Humano, na ausencia desse, o Homem morre.
São muitas referencias que colocam o espirito e a alma na mesma condição na A.T.
A titulo de conhecimento, o termo espírito deriva do hebraico “ruah”, do grego “pneuma”, do latim “spiritus”, e significa sopro, hálito, vento, princípio de vida. Logo, nossa parte imaterial ou espiritual foi formada de uma parte da essência (do sopro) de Deus (Ez 3.19; Pv 23.14; Sl 33.19).
Já no N.T percebesse uma distinção entre alma e espirito, porem, baseado em duas vertentes: Homem interior e Homem exterior (2Co 4,16).
O Homem interior é o fôlego de vida soprado por Deus (alma e espirito) e Homem exterior é o corpo formado do pó da terra.
“A minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador” (Lc 1.46-47).
Maria estava dizendo que estava emocionalmente agradecida e espiritualmente alegre pelas bênçãos de Deus.
Em primeira Tessalonicenses, Paulo, ao finalizar esta carta disse:
“E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espirito, e alma, e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.”1 Ts 5,23.
Este versículo vai de encontro com a teoria de que o Homem é um Ser dicotômico (corpo e alma). Nós, pela Palavra de Deus, cremos que o Homem é um Ser tricotômico: corpo, alma e espirito.
Hebreus 4,12 diz que “a Palavra de Deus é viva... e penetra até a divisão da alma e do espirito”.
O versículo em questão diz que a Palavra de Deus é muito mais potente que a espada mais poderosa e afiada que existe. Pois ela consegue distinguir aquilo que é imaterial, invisível, imortal e o que é sentimentos humanos e necessidades espirituais.
Não divide, mas distingue: uma coisa é a alma e outra coisa é o espirito. Mas os dois são inseparáveis e fazem parte do Homem interior. Segue algumas diferenças entre alma e espirito:
· A alma é o órgão que orienta a vida do corpo e estabelece contato com o mundo em redor. O espirito estabelece contato com Deus;
· A alma é sede dos sentimentos, do intelecto, da vontade e do temperamento. O espirito é a sede da essência de Deus: seu sopro.
· Com a alma amamos a Deus e ao próximo, com o corpo servimos a Deus e com o espirito (na ajuda do ESPIRITO SANTO) adoramos e O buscamos.
· O Espirito Santo testifica com nosso espirito que somos filhos de Deus (Rm 8,16). E, alegra nossa alma para glorificarmos e sermos agradecidos a Deus (Lc 1,46-47).
Enfim, alma e espirito são inseparáveis, porem os objetivos são diferentes. São de igual modo invisível e imortal. Por serem inseparáveis e imortais, a resposta a pergunta base desse estudo é: se a alma for para o inferno o espirito também irá. Se o espirito for para o céu a alma igualmente irá.
Eclesiastes 12,7 diz: “... e o pó volte à terra, como era, e o espirito volte a Deus, que o deu.”
Este versículo fala que o espirito (espirito e alma) fica à disposição de Deus após a morte. Deus se encarrega de destinar seu caminho: paraíso ou Hades (local de tormento, inferno).
O espirito-alma dos fieis vai para o paraíso onde gozarão de descanso, consolação e felicidade (Ap 14,13; Lc 16,23,25) Por isto é preciosa à vista do Senhor a morte dos santos (Sl 116,15).
O espirito-alma dos injustos irá para o Hades, um lugar de tormentos, onde aguardarão a ressurreição para o julgamento final (Lc 16,22-23, Ap 20,11-12).
Na parábola do Rico e o Lazaro (Lc 16, 19-31), mostra que onde estiver a alma e o espirito após a morte, estará consciente do mundo físico e espiritual.
Por isso, o homem rico clama por água, solicita que preguem para seus familiares e interage com Abraão. O homem rico não clama por perdão ou misericórdia apenas pede água para si e que alguém fale para os de fora para não irem para onde ele está. Abraão da mesma maneira interage com ele dizendo que os que estão vivos têm a Lei e os profetas e mesmo assim não creram.
Portanto seja no Hades ou no Paraíso a alma e o espirito dado por Deus ao Homem estará vivo.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Lição 6 - EBD - A Importância da Disciplina na Igreja - Esboço de Aula

A lição 6 da EBD dará ênfase ao capitulo cinco de Atos. Neste capitulo encontra-se a historia de Ananias e Safira, um casal que se uniram primeiro para dar lugar à Satanás e segundo para pecar contra o Espirito Santo de Deus. O fim deste casal é impressionante e trágico.

Lucas registra no final do capitulo quatro que “não havia, pois, entre eles necessitado algum; porque todos os que possuíam herdades ou casas vendendo-as, traziam o preço do que fora vendido e depositavam aos pés dos apóstolos. E repartia-se a cada um, segundo a necessidade que cada um tinha. At 4.34-35”.

Nesse contexto de voluntariedade e desprendimento, aparece um homem chamado José. Este homem vende sua herdade e doa para a Igreja. E, no texto, fica subentendido que as pessoas, incluindo os apóstolos, valorizaram muito a oferta desse irmão e pelo jeito veio num momento de muita necessidade, pois até o cognominaram de Barnabé, que significa “Filho da Consolação”. Provavelmente teve seu nome honrado e por certo teve boa repercussão o seu ato (At 4.36-37).

Mas, diz a Biblia, surge um homem chamado Ananias com sua mulher chamada Safira para servir de exemplo para todos os Cristãos.

Eu abro um parêntese nesse estudo para dizer o seguinte: (existem pessoas que apanham, apanham e não sabem por que estão apanhando; existem outras que apanham, apanham e não aprendem; existem outras que apanham, apanham, mas aprendem; e, por fim, existem outras que aprendem com os erros dos outros).

Olhando para Ananias e Safira aprendemos pelo menos três verdades que não podemos esquecer:

1. Ananias e Safira deixaram Satanás encher seu coração

Pedro falou explicitamente: “... Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espirito Santo e retivesses parte do preço da herdade? At 5.3”

O problema não era ter retido o preço. Por que logo após Pedro disse para ele: “guardando-a, não ficava para ti? E, vendida, não estava em teu poder? Por que formaste este desígnio em teu coração? Não mentiste aos homens, mas a Deus. At 5.4”

Veja algumas atitudes de Ananias que abriu as portas para Satanás o usar:

· Ananias teve inveja de Barnabé – Inveja;

· Ananias queria receber gloria do povo – Vangloria;

· Ananias queria uma melhor posição diante dos apóstolos – Vaidade;

· Ananias estava retendo um valor para sua segurança – Avareza.

Todas essas atitudes levaram Ananias a planejar uma mentira em conluio com sua mulher. O pecado de Ananias e Safira foram a mentira, não a homens, mas a Deus (At 5.4b). Mas a mentira foi gerada a partir de micro-processos espiritualmente negativos que não tiveram vigilância a tempo.

A maioria de nós acha que a grama do vizinho é sempre mais verde que a nossa. Quando isso é demasiado entra-se no campo da inveja. Ter inveja é desejar ardentemente o que o outro tem. Barnabé tinha reconhecimento, Ananias também queria; Barnabé teve o nome trocado, Ananias provavelmente também queria, e assim por diante.

A vangloria foi um dos pontos que levaram Ananias a fechar os olhos para o perigo da presença do inimigo. Muitos servos de Deus estão sendo levados pela vangloria se deixando enganar assim como Herodes, que não deu glorias a Deus (At 12.23).

“Deus resiste aos soberbos, dá, porem, graça aos humildes (Tg 4.6)” Deus enoja-se da vaidade. A vaidade é amiga intima da soberba. É parente próxima da vangloria. E o seu fim é no mínimo inadequado.

A avareza fez de Ananias e Safira descrentes. Eles guardaram um valor para sua segurança. Enquanto Barnabé depositava aos pés dos apóstolos o valor total de sua venda, e confiava na providencia de Deus, e pensava no beneficio coletivo e não apenas em si mesmo, Ananias e Safira agiam com engano, com incredulidade, egoísmo e mentira. À contra mão da regra estabelecida pela Presença do Espirito Santo.

Não há possibilidade de servir a Deus e a Mamom – Riquezas, Mt 6.24. Deus quer que o sirvamos integralmente: corpo, alma e espirito.

Não devemos confiar no nosso emprego e no nosso salário, precisamos confiar no Deus que pode realizar mais do que pedimos e pensamos segundo o poder que em nós opera (Ef 3.20). Não devemos tributar nossa confiança no homem (Jr 17.5). Confie em Deus! Ele te guardará e ajudará! (Sl 125.1-2).

2. Ananias e Safira mentiram para o Espirito Santo de Deus

A mentira dos nossos personagens foram uma das mais tolas que podemos usar como exemplo. Porem, enquanto todos estavam cheios e enchendo-se do poder de Deus, buscando a Deus com grande intensidade, um anátema se colocou no meio deles. Ananias negligenciou tudo o que sentira, ouvira e vira naqueles dias.

Quando se está em guerra espiritual (Js 7) alguns cuidados deve se tomar:

· Deve-se ter cuidado em não desprezar o inimigo, por menor que pareça (Js 7.3);

· Deve-se ter cuidado de consultar a Deus em tudo (Js 7.3-4);

· Deve-se ter cuidado em buscar a Deus nas adversidades (Js 7.7-9);

· Deve-se ter cuidado de reconhecer o erro (Js 7.10-15);

· Deve-se ter cuidado em santificar (Js 7.16);

· Deve-se ter cuidado em tirar o anátema do meio dos guerreiros (Js 7.24-26).

Os apóstolos estavam em guerra espiritual. O diabo trabalha a todo tempo para desarraigar um soldado inimigo e assim colocá-lo como anátema justamente no meio do exercito de Cristo.

Se parece uma mentirinha a mentira de Ananias e Safira vale a pena relembrar o ditado de nossos pais: “não existe mentirinha nem mentirona, tudo é mentira, tudo é pecado, tudo é anátema.”

“Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso ceifará. Gl 6.7.” Os mentirosos não herdarão o Reino de Deus (Ap 21.8).

3. Faltam Pedros para Ananias e Safiras de hoje em dia

Se fosse analisar com coerência Cristã nos dias de hoje, teríamos inúmeros (digo: inúmeros) enterros em nossas igrejas. Porem falta Pedros para os Ananias e Safiras que estão infiltrados no meio do povo da guerra.

É fácil dizer que os que enganam terão morte espiritual. E que o ímpio não permanecerá na casa dos justos. Sim! É também real. Mas, Pedro disse clara e audivelmente: “Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espirito Santo e retivesses parte do preço da herdade? At 5.3”

Algumas características de Pedro

· Discernimento de Espirito;

· Coragem no Espirito;

· Interpretação e visão no Espirito;

· Autoridade no Espirito;

· Direcionamento do Espirito;

· Intimidade com o Espirito;

· Sensibilidade a voz do Espirito.

Pastores, pregadores, obreiros de uma maneira geral, ao olhar para Pedro, precisamos atentar para a necessidade que temos de crescer ainda mais em fé e graça diante de Deus. Deus pode nos usar com grande poder e gloria. Deus pode fazer com que sejamos mais bem realizados no uso dos dons. Basta reconhecer que estamos no raso das águas de Ezequiel (Ez 47), basta reconhecer que precisamos de uma tenaz nos lábios (Is 6), basta pedir o que pediu Davi (Sl 51.11), basta nos humilharmos em adoração a Deus (Jl 2.12-13).

É verdades simples, porem, reais e incontestáveis. Deus requer de nós mais do que achamos que estamos lhe dando. Deus quer um povo que O ama e que O busca.

Não desfaleça sua fé. Se estas na condição de Ananias e Safira, em Nome de Jesus eu te peço, peça misericórdia a Deus, se converta, pois Deus está pronto a estender-lhe a mão.

Se você está com o desejo de ser igual a Pedro, boa coisa almeja! Pois, Deus quer homens corajosos para enfrentar as adversidades e os anátemas na Igreja.

Se você é Barnabé, parabéns!!! Que Deus lhe conceda graça e fé para continuar. A sua fé ajuda a muitos. Só tome cuidado de não fazer com que o irmão ao lado peque por querer ser igual a você, como fez Ananias, e não conseguir. O que a sua mão direita fizer a esquerda não precisa ficar sabendo (Mt 6.3), quanto mais os irmãos ao lado.

Se você pertence ao povo de Deus de uma maneira geral, a palavra de Deus para você hoje é essa: “Santificai-vos para amanhã, porque assim diz o Senhor, o Deus de Israel: Anátema há no meio de vós, Israel; diante dos vossos inimigos não podereis suster-vos, até que tireis o anátema do meio de vós. Js 7.13”

Que Deus lhes dê discernimento no Espirito e que os dons que vem do Pai das Luzes alumie seus caminhos.